ALMAZEN
domingo, 16 de outubro de 2016
AS ENERGIAS DESTA LUA CHEIA - 16.10.2016
Hoje, dia 16 de Outubro de 2016, temos uma poderosa Lua Cheia, cujas Energias Lunares influenciarão positivamente toda a Terra e, consequentemente, todos os Seres nela. Sendo breve e direto, as Energias dessa Lua Cheia impulsionarão a co-criação individual através do foco, da intenção e da vibração. É importante que neste dia você se pergunte: "O que quero para minha vida?" E então, a partir da resposta, manifestar o que deseja através do foco, intenção e vibração. As Energias desta Lua Cheia agem como um porta-voz entre você e o Universo. O que você deseja experienciar em sua vida, essas Energias levarão para o Universo e então, manifestarão o desejado. Portanto, nesse dia de hoje, sob as Energias Lunares, medite sobre o que deseja para si e para o mundo. Envie para o Universo aquilo que você realmente deseja, seja no material, no financeiro, na família, nos relacionamentos, quanto no espiritual, na cura, etc... Lembre-se de que você é um Co-Criador poderoso e pode manifestar o que deseja em sua vida!
Entenda que o feedback que você dá para o Universo é o que você manifesta em sua vida. Isto é, tudo aquilo pelo qual você vibra, envia, ele responde atenciosamente na mesma frequência. As Energias desta Lua impulsiona-nos também para a mudança. Quando digo mudança, quero dizer mudança no aspecto mais profundo e abrangente da palavra. MUDAR INTERIORMENTE e também exteriormente. Muitos estão reclamando do mundo, da política, da economia, das pessoas. Muitos tem dedos para apontar e língua para criticar os outros. Esta Lua vem nos lembrar de que o mundo só melhorará quando pararmos de esperar a mudança nos outros e começarmos a mudar a nós mesmos, isto é, nossa conduta, nossos valores, nossa ética e, principalmente, nossa Consciência. As Energias desta Lua Cheia também nos alinham com o nosso Propósito e podem, através do Coração, pedirem para que façamos algumas mudanças mais físicas, como por exemplo, mudar de cidade, de país, talvez. Mudar de emprego, mudar de vida.. transformar, liberar, MUDAR. Ouça seu Coração, vá para dentro de si e ouça o que ele tem a lhe dizer.
Alinhe-se com as Energias Lunares desta brilhante e resplandescente Lua Cheia de 16 de Outubro de 2016 e foque na positividade e na mudança. Saiba que você é acompanhado e guiado pelos seus anjos, mentores, guias e Mestres e qualquer auxílio de que necessitar, é só chamá-los e, claro, pedir ao Universo, que sempre está a nos apoiar incondicionalmente. Lembre-se também da Gratidão, a ferramenta mais poderosa para a manifestação. A Gratidão é o feedback mais poderoso para o Universo.
Que as Bênçãos Lunares se derramem sobre todos!
Muita Paz, Luz e Amor!
Namastê!
Portal da Consciência.
Essencial !!!
Um pedaço de pão era o único bem que naquele momento possuía
E mesmo sendo pouco dividiu com um irmãozinho peludo que abandonado ali também estava
Enquanto perdemos tempo com discussões infundadas e competições de egos inflamados
Alguns seres de alma nobre preocupam-se com o bem estar de seu irmão
Feliz é aquele que reconhece a importância do outro e o respeita.
E mesmo sendo pouco dividiu com um irmãozinho peludo que abandonado ali também estava
Enquanto perdemos tempo com discussões infundadas e competições de egos inflamados
Alguns seres de alma nobre preocupam-se com o bem estar de seu irmão
Feliz é aquele que reconhece a importância do outro e o respeita.
sábado, 9 de novembro de 2013
Estou aprendendo !!!
A Arte de Ser Avó
Netos são como heranças: você os ganha sem merecer. Sem ter feito nada para isso, de repente lhe caem do céu. É, como dizem os ingleses, um ato de Deus. Sem se passarem as penas do amor, sem os compromissos do matrimônio, sem as dores da maternidade. E não se trata de um filho apenas suposto, como o filho adotado: o neto é realmente o sangue do seu sangue, filho de filho, mais filho que o filho mesmo...
Quarenta anos, quarenta e cinco... Você sente, obscuramente, nos seus ossos, que o tempo passou mais depressa do que esperava. Não lhe incomoda envelhecer, é claro. A velhice tem as suas alegrias, as suas compensações - todos dizem isso embora você, pessoalmente, ainda não as tenha
descoberto - mas acredita. Todavia, também obscuramente, também sentida nos seus ossos, às vezes lhe dá aquela nostalgia da mocidade. Não de amores nem de paixões: a doçura da meia-idade não lhe exige essas efervescências. A saudade é de alguma coisa que você tinha e lhe fugiu sutilmente junto com a mocidade. Bracinhos de criança no seu pescoço. Choro de criança. O tumulto da presença infantil ao seu redor. Meu Deus, para onde foram as suas crianças? Naqueles adultos cheios de problemas que hoje são os filhos, que têm sogro e sogra, cônjuge, emprego, apartamento a prestações, você não encontra de modo nenhum as suas crianças perdidas. São homens e mulheres - não são mais aqueles que você recorda. E então, um belo dia, sem que lhe fosse imposta nenhuma das agonias da gestação ou do parto, o doutor lhe põe nos braços um menino. Completamente grátis - nisso é que está a maravilha. Sem dores, sem choro, aquela criancinha da sua raça, da qual você morria de saudades, símbolo ou penhor da mocidade perdida. Pois aquela criancinha, longe de ser um estranho, é um menino seu que lhe é "devolvido". E o espantoso é que todos lhe reconhecem o seu direito de o amar com extravagância; ao contrário, causaria escândalo e decepção se você não o acolhesse imediatamente com todo aquele amor recalcado que há anos se acumulava, desdenhado, no seu coração. Sim, tenho certeza de que a vida nos dá os netos para nos compensar de todas as mutilações trazidas pela velhice. São amores novos, profundos e felizes que vêm ocupar aquele lugar vazio, nostálgico, deixado pelos arroubos juvenis. Aliás, desconfio muito de que netos são melhores que namorados, pois que as violências da mocidade produzem mais lágrimas do que enlevos. Se o Doutor Fausto fosse avó, trocaria calmamente dez Margaridas por um neto... No entanto - no entanto! - nem tudo são flores no caminho da avó. Há, acima de tudo, o entrave maior, a grande rival: a mãe. Não importa que ela, em si, seja sua filha. Não deixa por isso de ser a mãe do garoto. Não importa que ela, hipocritamente, ensine o menino a lhe dar beijos e a lhe chamar de "vovozinha", e lhe conte que de noite, às vezes, ele de repente acorda e pergunta por você. São lisonjas, nada mais. No fundo ela é rival mesmo. Rigorosamente, nas suas posições respectivas, a mãe e a avó representam, em relação ao neto, papéis muito semelhantes ao da esposa e da amante dos triângulos conjugais. A mãe tem todas as vantagens da domesticidade e da presença constante. Dorme com ele, dá-lhe de comer, dá-lhe banho, veste-o. Embala-o de noite. Contra si tem a fadiga da rotina, a obrigação de educar e o ônus de castigar. Já a avó, não tem direitos legais, mas oferece a sedução do romance e do imprevisto. Mora em outra casa. Traz presentes. Faz coisas não programadas. Leva a passear, "não ralha nunca". Deixa lambuzar de pirulitos. Não tem a menor pretensão pedagógica. É a confidente das horas de ressentimento, o último recurso nos momentos de opressão, a secreta aliada nas crises de rebeldia. Uma noite passada em sua casa é uma deliciosa fuga à rotina, tem todos os encantos de uma aventura. Lá não há linha divisória entre o proibido e o permitido, antes uma maravilhosa subversão da disciplina. Dormir sem lavar as mãos, recusar a sopa e comer roquetes, tomar café - café! -, mexer no armário da louça, fazer trem com as cadeiras da sala, destruir revistas, derramar a água do gato, acender e apagar a luz elétrica mil vezes se quiser - e até fingir que está discando o telefone. Riscar a parede com o lápis dizendo que foi sem querer - e ser acreditado! Fazer má-criação aos gritos e, em vez de apanhar, ir para os braços da avó, e de lá escutar os debates sobre os perigos e os erros da educação moderna... Sabe-se que, no reino dos céus, o cristão defunto desfruta os mais requintados prazeres da alma. Porém, esses prazeres não estarão muito acima da alegria de sair de mãos dadas com o seu neto, numa manhã de sol. E olhe que aqui embaixo você ainda tem o direito de sentir orgulho, que aos bem-aventurados será defeso. Meu Deus, o olhar das outras avós, com os seus filhotes magricelas ou obesos, a morrerem de inveja do seu maravilhoso neto! E quando você vai embalar o menino e ele, tonto de sono, abre um olho, lhe reconhece, sorri e diz: "Vó!", seu coração estala de felicidade, como pão ao forno. E o misterioso entendimento que há entre avó e neto, na hora em que a mãe o castiga, e ele olha para você, sabendo que se você não ousa intervir abertamente, pelo menos lhe dá sua incondicional cumplicidade... Até as coisas negativas se viram em alegrias quando se intrometem entre avó e neto: o bibelô de estimação que se quebrou porque o menininho - involuntariamente! - bateu com a bola nele. Está quebrado e remendado, mas enriquecido com preciosas recordações: os cacos na mãozinha, os olhos arregalados, o beiço pronto para o choro; e depois o sorriso malandro e aliviado porque "ninguém" se zangou, o culpado foi a bola mesma, não foi, Vó? Era um simples boneco que custou caro. Hoje é relíquia: não tem dinheiro que pague... (O brasileiro perplexo, 1964.) Rachel de Queiroz
descoberto - mas acredita. Todavia, também obscuramente, também sentida nos seus ossos, às vezes lhe dá aquela nostalgia da mocidade. Não de amores nem de paixões: a doçura da meia-idade não lhe exige essas efervescências. A saudade é de alguma coisa que você tinha e lhe fugiu sutilmente junto com a mocidade. Bracinhos de criança no seu pescoço. Choro de criança. O tumulto da presença infantil ao seu redor. Meu Deus, para onde foram as suas crianças? Naqueles adultos cheios de problemas que hoje são os filhos, que têm sogro e sogra, cônjuge, emprego, apartamento a prestações, você não encontra de modo nenhum as suas crianças perdidas. São homens e mulheres - não são mais aqueles que você recorda. E então, um belo dia, sem que lhe fosse imposta nenhuma das agonias da gestação ou do parto, o doutor lhe põe nos braços um menino. Completamente grátis - nisso é que está a maravilha. Sem dores, sem choro, aquela criancinha da sua raça, da qual você morria de saudades, símbolo ou penhor da mocidade perdida. Pois aquela criancinha, longe de ser um estranho, é um menino seu que lhe é "devolvido". E o espantoso é que todos lhe reconhecem o seu direito de o amar com extravagância; ao contrário, causaria escândalo e decepção se você não o acolhesse imediatamente com todo aquele amor recalcado que há anos se acumulava, desdenhado, no seu coração. Sim, tenho certeza de que a vida nos dá os netos para nos compensar de todas as mutilações trazidas pela velhice. São amores novos, profundos e felizes que vêm ocupar aquele lugar vazio, nostálgico, deixado pelos arroubos juvenis. Aliás, desconfio muito de que netos são melhores que namorados, pois que as violências da mocidade produzem mais lágrimas do que enlevos. Se o Doutor Fausto fosse avó, trocaria calmamente dez Margaridas por um neto... No entanto - no entanto! - nem tudo são flores no caminho da avó. Há, acima de tudo, o entrave maior, a grande rival: a mãe. Não importa que ela, em si, seja sua filha. Não deixa por isso de ser a mãe do garoto. Não importa que ela, hipocritamente, ensine o menino a lhe dar beijos e a lhe chamar de "vovozinha", e lhe conte que de noite, às vezes, ele de repente acorda e pergunta por você. São lisonjas, nada mais. No fundo ela é rival mesmo. Rigorosamente, nas suas posições respectivas, a mãe e a avó representam, em relação ao neto, papéis muito semelhantes ao da esposa e da amante dos triângulos conjugais. A mãe tem todas as vantagens da domesticidade e da presença constante. Dorme com ele, dá-lhe de comer, dá-lhe banho, veste-o. Embala-o de noite. Contra si tem a fadiga da rotina, a obrigação de educar e o ônus de castigar. Já a avó, não tem direitos legais, mas oferece a sedução do romance e do imprevisto. Mora em outra casa. Traz presentes. Faz coisas não programadas. Leva a passear, "não ralha nunca". Deixa lambuzar de pirulitos. Não tem a menor pretensão pedagógica. É a confidente das horas de ressentimento, o último recurso nos momentos de opressão, a secreta aliada nas crises de rebeldia. Uma noite passada em sua casa é uma deliciosa fuga à rotina, tem todos os encantos de uma aventura. Lá não há linha divisória entre o proibido e o permitido, antes uma maravilhosa subversão da disciplina. Dormir sem lavar as mãos, recusar a sopa e comer roquetes, tomar café - café! -, mexer no armário da louça, fazer trem com as cadeiras da sala, destruir revistas, derramar a água do gato, acender e apagar a luz elétrica mil vezes se quiser - e até fingir que está discando o telefone. Riscar a parede com o lápis dizendo que foi sem querer - e ser acreditado! Fazer má-criação aos gritos e, em vez de apanhar, ir para os braços da avó, e de lá escutar os debates sobre os perigos e os erros da educação moderna... Sabe-se que, no reino dos céus, o cristão defunto desfruta os mais requintados prazeres da alma. Porém, esses prazeres não estarão muito acima da alegria de sair de mãos dadas com o seu neto, numa manhã de sol. E olhe que aqui embaixo você ainda tem o direito de sentir orgulho, que aos bem-aventurados será defeso. Meu Deus, o olhar das outras avós, com os seus filhotes magricelas ou obesos, a morrerem de inveja do seu maravilhoso neto! E quando você vai embalar o menino e ele, tonto de sono, abre um olho, lhe reconhece, sorri e diz: "Vó!", seu coração estala de felicidade, como pão ao forno. E o misterioso entendimento que há entre avó e neto, na hora em que a mãe o castiga, e ele olha para você, sabendo que se você não ousa intervir abertamente, pelo menos lhe dá sua incondicional cumplicidade... Até as coisas negativas se viram em alegrias quando se intrometem entre avó e neto: o bibelô de estimação que se quebrou porque o menininho - involuntariamente! - bateu com a bola nele. Está quebrado e remendado, mas enriquecido com preciosas recordações: os cacos na mãozinha, os olhos arregalados, o beiço pronto para o choro; e depois o sorriso malandro e aliviado porque "ninguém" se zangou, o culpado foi a bola mesma, não foi, Vó? Era um simples boneco que custou caro. Hoje é relíquia: não tem dinheiro que pague... (O brasileiro perplexo, 1964.) Rachel de Queiroz
segunda-feira, 3 de junho de 2013
LIBERTAÇÃO DO PASSADO
Uma mulher foi visitar o seu pai, que era um yogue conhecido
e muito respeitado na região sul da Índia antiga. Assim que os dois se
encontraram, moça disse:
- Pai, sempre observo como você é respeitado pelas pessoas.
Queria ter toda essa tranquilidade que você tem. Como faço para conseguir paz
em minha vida?
O pai olhou sua filha, ficou feliz pela pergunta e disse:
- Filha, deixe isso de lado um pouco. A paz é algo ainda
distante. Comece, por enquanto, jogando fora algumas coisas em sua casa que
você não precisa e que não te trazem boas lembranças.
A filha ficou visivelmente contrariada. Não entendia a
atitude do pai. Sendo um homem tão sábio, por que dava orientações a todos, mas
se negava a ensinar sua própria filha?
A moça retornou ao seu lar e sentiu que, realmente, seria um
bom momento de se desfazer de alguns pertences que já não utilizava. Estava
mesmo sentindo que sua casa precisava esvaziar-se de algumas tralhas.
Primeiro de tudo, resolveu localizar os objetos dos quais
não mais necessitava. Pegou antigos presentes usados, roupas velhas, sapatos
furados, bijuterias e até algumas cartas de antigos namorados. Conforme ia
pegando nas roupas rasgadas, surgiam lembranças dos momentos em que as usou. As
cenas iam cruzando sua mente com todas as recordações. Conseguia sentir a
emoção dos momentos bons e ruins de quando as usou. Levantou bastante poeira
movimentando tudo, tirando do lugar e se jogando fora. Alguns objetos traziam
lembranças sentimentais, como o chapéu dado pela sua avó já falecida. Hesitou
em joga-lo fora, por ter sido um presente de sua avó, mas como já estava muito
velho, resolveu atira-lo no lixo. Não foi nada fácil desapegar-se de certos
pertences, em especial aqueles que lembravam momentos bons e ruins. Cada
utensílio era localizado, trazia recordações, com cenas, sentimentos e
experiências. Parecia regressar no tempo e sentir diversas fases de sua vida
como se elas estivessem ocorrendo agora. Pegou também presentes de
ex-namorados. Um desses homens ela ainda guardava um sentimento por ele e
também um certo apego. Demorou algumas horas, mas a moça pôde revisitar muitas
fases diferentes de sua vida, senti-las, chorar, observar o que pensava e como
via o mundo em diversas épocas, e finalmente jogar tudo fora.
Após toda essa experiência com seu passado, estava se
sentindo diferente. Sentiu-se mais tranquila, mais leve e mais livre de tudo.
Estava menos carregada e sentia, pela primeira vez em muitos anos, uma paz que
a preenchia por inteiro.
Alguns dias depois, foi novamente visitar seu pai e contou
todo o ocorrido. Disse que estava se sentindo bem melhor após ter arrumado a
casa e jogado alguns pertences antigos fora. O pai virou-se para ela e disse:
- Filha, quando você me perguntou como fazia para conseguir
paz em sua vida, eu te dei a resposta, e você iniciou esse processo.
Desfazendo-se de alguns objetos do passado, você pôde seguir os sete passos da
libertação da prisão do passado.
- Eu segui? - Perguntou a filha surpresa. – Mas que passos
são estes?
O pai respondeu:
- O primeiro passo é agir para resolver um problema. No
caso, você sentia a intranquilidade, e começou a buscar uma solução para isso.
Esse é o primeiro passo. A ação que procura solucionar um sintoma ou problema e
entender que precisamos nos libertar disso. Essa é a fase do início da busca.
O segundo passo é localizar a fonte do problema. Em sua
casa, você procurou os objetos que teria que jogar fora. Isso equivale, no
plano emocional, a buscar o local exato da origem do problema. Onde, por
exemplo, começou a minha angústia, a ansiedade, a tristeza, a dor, a doença,
etc. Essa é a fase da localização.
O terceiro passo é rever o problema e senti-lo intensamente,
experimenta-lo novamente como se ele estivesse ocorrendo agora. Cada pertence
que você encontrou, vieram lembranças muito emocionais, você recordou cenas e
acontecimentos, sentiu a emoção deste tempo passado e colocou para fora os
últimos resquícios desses sentimentos arraigados. Ninguém se liberta de alguma
situação não resolvida ou de alguma experiência mal digerida do passado se não
entra em contato com seu núcleo e a sente novamente. Essa é a oportunidade de
liberar toda a carga retida. Essa é a fase da experiência e do esgotamento das
emoções acumuladas.
O quarto passo é desapegar-se daquilo. Algumas pessoas
relembram o passado, o sentem, mas como ainda continuam apegadas a ele, dando
alguma espécie de valor ao objeto de apego, elas permanecem presas. O desapego
corresponde ao ato de jogar fora aquele objeto. No momento que você o jogou
fora, você consolidou que não precisava mais daquilo e se desfez do que te
prendia. No plano interior, o desapego não é exatamente uma ação, mas uma
escolha. Essa é a fase do desapego.
O quinto passo é perdoar qualquer mal ou prejuízo que o
passado tenha nos causado. Isso implica no perdão de maus tratos, ofensas,
agressões, frustrações, etc. Quando você pegou as cartas de ex-namorados, você
já estava tranquila interiormente e pôde perdoa-los de qualquer mal que tenham
feito a você. Se não tivesse perdoado, ainda estaria apegada a eles de alguma
forma. É importante perdoar o algoz, mas também perdoar a nós mesmos por termos
errado. O perdão dos próprios erros é fundamental, e aqui cabe lembrar que
somos todos imperfeitos e estamos sempre sujeitos a erros. Da mesma forma que
erraram conosco, nós também erramos com muitos outros. Por isso, é importante o
perdão e o autoperdão. Essa é a fase do perdão.
O sexto passo é fazer uma revisão do passado e tentar
entender porque tivemos que experimentar aquilo. Qual o motivo daquele
sofrimento, daquela dor, daquela doença, ou de qualquer mal que nos acometeu.
Que responsabilidade tivemos em sua produção? Após rever nossa responsabilidade
nisso, é importante arrepender-se de qualquer mal feito e também pedir perdão a
nós mesmos. Rever o passado nos ajuda a chegar ao sétimo e último passo.
O sétimo passo é o aprendizado final. Toda experiência deve
ser transformada em aprendizado. Ela deve trazer um significado para nós, e
isso deve servir para evitar erros futuros. O aprendizado é a libertação final
do passado, pois ele evita que os erros do passado sejam reeditados em novas formas
no futuro. Lembrando sempre que os erros passados que não foram aprendidos
podem ser repetidos num futuro próximo ou distante. Portanto, o aprendizado é
fundamental, e é o último passo para a libertação do passado e para o encontro
com a paz.
Texto de Hugo Lapa
Fonte: Espiritualidade para Todos
quinta-feira, 7 de março de 2013
TRANSFORMAÇÃO
Acordei disposta a mudar!
Estava decidido: seria uma nova pessoa!
Passaria a sorrir mais, a valorizar a vida, a reconhecer as
minhas conquistas, a distribuir amor por onde passasse.
Sairia do vermelho, deixaria de comprar tantas coisas
supérfluas, seria mais caridosa, julgaria menos e ouviria mais.
Reconheceria minhas fraquezas e assumiria meus erros.
Passaria a acreditar mais em meu potencial.
Não deixaria que um simples comentário destruísse meus
sonhos.
Iria lutar pelos meus ideais.
Enfrentaria todos os meus fantasmas.
Iria praticar a solidariedade com quem estivesse ao meu
lado.
Valorizaria mais a minha família, conversando mais com meus
pais, beijando meus irmãos e brincando com meus filhos.
Não permitiria que meu trabalho tirasse o meu humor.
Impediria que as energias negativas me envolvessem.
Deixaria o pessimismo e o desânimo trancados na gaveta.
Iria contemplar o pôr do sol.
Aprenderia a andar de bicicleta.
Sentiria o perfume das flores.
Permitiria banhar a alma com as águas do mar.
Dançaria na chuva e me secaria ao sol.
Cicatrizaria todas as feridas e esqueceria as mágoas.
Perdoaria as ofensas recebidas.
Abandonaria o papel de vítima e pararia de brigar com o
mundo.
Deixaria de me envolver com as pessoas erradas e abandonaria
todas as minhas carências.
Tiraria de uma vez por toda da minha vida as pessoas que me
colocam pra baixo.
Não daria ouvidos aos invejosos.
Iria tomar coragem e enfrentar o desconhecido.
Perderia a vergonha e ousaria.
Deixaria de lado a perfeição e apenas tentaria.
Abandonaria o desejo de sempre ser reconhecida e passaria a
confiar em mim.
Investiria em meu talento.
Amaria quantas vezes fosse possível.
Enterraria o passado e me daria a vida de presente.
Chegaria ao céu e cumprimentaria os anjos.
Faria novos amigos e conservaria apenas as amizades
verdadeiras.
Mudaria o curso do rio e não temeria as correntezas.
Secaria as lágrimas e retocaria o batom.
Aumentaria a fé e não teria receio de falar em Deus.
Levaria a esperança a quem precisa apenas de uma palavra.
Tentaria me preocupar mais com quem está ao meu redor.
Largaria as muletas e andaria com as próprias pernas.
Esqueceria a culpa e o remorso em algum canto e seguiria o
caminho.
Não teria vergonha de dançar mesmo sem saber o ritmo.
Não deixaria que as fofocas e intrigas fizessem parte do meu
cotidiano.
Não guardaria o rancor no coração e deixaria de querer
sempre ter razão, passando a compreender mais.
Deixaria de ser tão rude e racional, passando a semear o
amor.
Daria mais abraços e não apenas ficaria a exigir afeto.
Viveria o momento e não ficaria tão agoniada com o futuro.
Não perderia tanto tempo, iria viver!
....
Pena que tudo isso ficou apenas na vontade.
Depois de levantar, lá estava eu repetindo os mesmos gestos
e perdida nos pensamentos de sempre.
Achava-me cansada demais para mudar...
Ah, deixa pra manhã...
....
Realmente, quantos de nós não pensamos assim e vivemos uma
existência inteira vendo a vida passar?
Almejamos por transformações, mas nos esquecemos que elas
não ocorrem sozinhas.
Elas só ocorrem quando estamos internamente preparados.
E essa preparação interna se dá passo a passo, um dia após o
outro.
O início é sempre difícil, mas o resultado não é impossível.
Temos a tendência a achar que nunca conseguiremos.
Amarrar os sapatos?
Aprender as primeiras letras?
Tabuada?
Dirigir? Beijar? Primeiro Emprego? Faculdade?
Ai, meu Deus!!!!!
E depois percebemos que conseguimos vencer tudo isso.
Que só o primeiro instante foi complicado, mas que depois
temos um “jeitinho”
Por isso, se realmente quisermos, podemos transformar nossa
vida.
Aos poucos, mas poderemos sim.
Lógico que nem tudo será transformado.
Mas passaremos a conhecer o nosso íntimo e assim saberemos o
que pode ou não ser mudado.
Iremos perceber que esse trabalho só cabe a nós.
Que as ferramentas não estão do lado de fora.
Que a tarefa não cabe à nossa família, aos nossos melhores
amigos, aos nossos amores e companheiros.
Não, é um trabalho solitário.
Ah, mas essa solidão compensa!!!
Iremos nos surpreender com tanta coisa maravilhosa que
estava escondida.
E as coisas sujas também irão aparecer. Só assim poderemos
limpá-las.
Sentiremos medo, mas se resistirmos à tentação de pararmos,
iremos conhecer um horizonte jamais imaginado.
Promessa? Ilusão?
Não, a luz existe.
E está dentro de cada um.
O sábio que tanto buscamos ouvir habita o nosso coração.
A ajuda que almejamos está em nossas mãos.
O companheiro de viagem que rogamos, pode ser encontrado na
frente do espelho.
A fé e a coragem já existem dentro de nós.
Basta arregaçarmos a manga e iniciarmos a grande viagem.
Pode ser que ela seja longa....
Mas temos a eternidade!
Então, que tal começarmos agora?
Sônia Carvalho
quarta-feira, 6 de março de 2013
Nadar contra a Corrente !
Quando a palavra é desistir até as mais lindas e formosas rosas choram.
Desistir significa reconhecer abertamente a derrota, o erro, o passo mal escolhido e enfrentar a própria imagem diante do espelho sem sentir dó de si mesmo, e se perguntar onde encontrar a força e coragem para encarar o mundo.
Já que não somos sós, que reconhecidamente não somos uma ilha e menos ainda deserta, toda decisão que tomamos influencia nosso meio, muda vidas, gera opiniões. Coisas que nos alegram podem fazer sofrer ou alegrar outras pessoas, coisas que nos deixam tristes trazem em torno de nós um clima sombrio e o sentimento de impotência naqueles que nos amam.
Então, desistir não é uma fácil decisão e se muitos o fazem sem grandes resistências, outros lutam interiormente até que as próprias forças, elas mesmas, estejam fatigadas. O processo é geralmente longo e tudo é pesado e pego em consideração: a imagem-própria, o olhar dos outros, o exemplo para aqueles que esperam de nós bem mais que pessoas que não conseguiram ir adiante.
Nos sabemos humanos, mas preferíamos que certas palavras não constassem no nosso dicionário.
Mas não adianta dar voltas para no fim chegar ao mesmo lugar.
É sabido que toda decisão comporta riscos. Nós é quem preferimos ignorar os eventuais danos. Só que isso faz parte da história de todo homem.
Ninguém precisa se sentir diminuído porque errou numa decisão ou porque bate a cabeça e continua a fazer algo que ele sabe que não chegará a nada a não ser perda de tempo e desgaste.
Nadar contra a corrente é extremamente desgastante e inútil.
A vida nos ensina que ter maturidade é aprender a olhar as outras pessoas nos olhos se nos sentimos fortes ou se nos reconhecemos frágeis e guardar a cabeça erguida o que quer que aconteça.
Desistir de um caminho, um sonho, uma decisão não quer dizer baixar os braços e esperar que a vida aconteça. Não!!!
Desistir de um caminho significa que nos enganamos de endereço e que vamos procurar o bom, que vamos tormar outra direção, com aquilo que possa preencher nossas buscas, completar nosso coração.
Se devemos alguma coisa a alguém não são satisfações do que fazemos ou deixamos de fazer, mas a felicidade que podemos espalhar à nossa volta.
Se devemos alguma coisa a nós mesmos é o respeito pelo nosso eu e isso inclui o saber onde parar e onde continuar, quando voltar atrás se possível e preciso e quando recomeçar um novo caminho.
Deus não quer pessoas infelizes e insatisfeitas, mas alegres e seguras de si, que sabem o que querem e escolhem conscientemente os seus passos. Que voltam atrás se necessário e recomeçam como se a dor não dilacerasse tanto o peito.
Ele as acolhe em Seus braços quando as mais cruéis dúvidas aparecem, as reconfortam e as asseguram que elas fazem parte de um todo e que de toda planta podada nasce um belo renovo.
Letícia Thompson
FILHOS SÃO COMO NAVIOS
Ao olharmos um navio no porto, imaginamos que ele esteja em seu lugar mais seguro, protegido por uma forte âncora.
Mal sabemos que ali está em preparação, abastecimento e provisão para se lançar ao mar, ao destino para o qual foi criado, indo ao encontro das próprias aventuras e riscos.
Dependendo do que a força da natureza lhes reserva, poderá ter que desviar da rota, traçar outros caminhos ou procurar outros portos.
Certamente retornará fortalecido pelo aprendizado adquirido, mais enriquecido pelas diferentes culturas percorridas.
E haverá muita gente no porto,
feliz à sua espera.
Assim são os FILHOS.
Estes têm nos PAIS o seu porto seguro até que se tornem independentes.
Por mais segurança, sentimentos de preservação e de manutenção que possam sentir junto aos seus pais, eles nasceram para singrar os mares da vida, correr seus próprios riscos e viver suas próprias aventuras.
Certo que levarão consigo os exemplos dos pais, o que eles aprenderam e os conhecimentos da escola, mas a principal provisão, além das materiais, estará no interior de cada um:
A CAPACIDADE DE SER FELIZ.
Sabemos, no entanto, que não existe felicidade pronta, algo que se guarda num esconderijo para ser doada, transmitida a alguém.
O lugar mais seguro que o navio pode estar é o porto. Mas ele não foi feito para permanecer ali.
Os pais também pensam que sejam o porto seguro dos filhos, mas não podem se esquecer do dever de prepará-los para navegar mar a dentro e encontrar o seu próprio lugar, onde se sintam seguros, certos de que deverão ser, em outro tempo, este porto para outros seres.
Ninguém pode traçar o destino dos filhos, mas deve estar consciente de que na bagagem devem levar VALORES herdados como:
HUMILDADE, HUMANIDADE,HONESTIDADE, DISCIPLINA, GRATIDÃO E GENEROSIDADE.
Filhos nascem dos pais, mas devem se tornar CIDADÃOS DO MUNDO. Os pais podem querer o sorriso dos filhos, mas não podem sorrir por eles. Podem desejar e contribuir para a felicidade dos filhos, mas não podem ser felizes por eles.
A FELICIDADE CONSISTE EM TER UM IDEAL A BUSCAR E TER A CERTEZA DE ESTAR DANDO PASSOS FIRMES NO CAMINHO DA BUSCA.
Os pais não devem seguir os passos dos filhos e nem devem estes descansar no que os pais conquistaram.
Devem os filhos seguir de onde os pais chegaram, de seu porto, e, como os navios, partirem para as próprias conquistas e aventuras.
Mas, para isso, precisam ser preparados e amados, na certeza de que:
“QUEM AMA EDUCA”.
“COMO É DIFÍCIL SOLTAR AS AMARRAS”
(Autoria: Içami Tiba)
Ao olharmos um navio no porto, imaginamos que ele esteja em seu lugar mais seguro, protegido por uma forte âncora.
Mal sabemos que ali está em preparação, abastecimento e provisão para se lançar ao mar, ao destino para o qual foi criado, indo ao encontro das próprias aventuras e riscos.
Dependendo do que a força da natureza lhes reserva, poderá ter que desviar da rota, traçar outros caminhos ou procurar outros portos.
Certamente retornará fortalecido pelo aprendizado adquirido, mais enriquecido pelas diferentes culturas percorridas.
E haverá muita gente no porto,
feliz à sua espera.
Assim são os FILHOS.
Estes têm nos PAIS o seu porto seguro até que se tornem independentes.
Por mais segurança, sentimentos de preservação e de manutenção que possam sentir junto aos seus pais, eles nasceram para singrar os mares da vida, correr seus próprios riscos e viver suas próprias aventuras.
Certo que levarão consigo os exemplos dos pais, o que eles aprenderam e os conhecimentos da escola, mas a principal provisão, além das materiais, estará no interior de cada um:
A CAPACIDADE DE SER FELIZ.
Sabemos, no entanto, que não existe felicidade pronta, algo que se guarda num esconderijo para ser doada, transmitida a alguém.
O lugar mais seguro que o navio pode estar é o porto. Mas ele não foi feito para permanecer ali.
Os pais também pensam que sejam o porto seguro dos filhos, mas não podem se esquecer do dever de prepará-los para navegar mar a dentro e encontrar o seu próprio lugar, onde se sintam seguros, certos de que deverão ser, em outro tempo, este porto para outros seres.
Ninguém pode traçar o destino dos filhos, mas deve estar consciente de que na bagagem devem levar VALORES herdados como:
HUMILDADE, HUMANIDADE,HONESTIDADE, DISCIPLINA, GRATIDÃO E GENEROSIDADE.
Filhos nascem dos pais, mas devem se tornar CIDADÃOS DO MUNDO. Os pais podem querer o sorriso dos filhos, mas não podem sorrir por eles. Podem desejar e contribuir para a felicidade dos filhos, mas não podem ser felizes por eles.
A FELICIDADE CONSISTE EM TER UM IDEAL A BUSCAR E TER A CERTEZA DE ESTAR DANDO PASSOS FIRMES NO CAMINHO DA BUSCA.
Os pais não devem seguir os passos dos filhos e nem devem estes descansar no que os pais conquistaram.
Devem os filhos seguir de onde os pais chegaram, de seu porto, e, como os navios, partirem para as próprias conquistas e aventuras.
Mas, para isso, precisam ser preparados e amados, na certeza de que:
“QUEM AMA EDUCA”.
“COMO É DIFÍCIL SOLTAR AS AMARRAS”
(Autoria: Içami Tiba)
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