quarta-feira, 15 de julho de 2009

Promessas ao Oceano !!!!!




Algumas folhas de papel, caídas sobre a areia, de uma praia pouco visitada, traziam as seguintes linhas :
“Quando abraço o Oceano com o olhar, volto a questionar milhões de coisas, tantas quanto as ondas que ganham a areia.
Volto a questionar: Como alguém pode sentir-se só na presença do mar ? Na presença desta brisa incessante ? Na companhia deste perfume raro ?
Como ainda posso me sentir só, sabendo que os braços do Invisível me abraçam, que aqueles que partiram continuam existindo, e que todos nós, sem exceção, somos amados por alguém !? Como ainda posso me sentir só ?
Talvez seja porque eu me isole do mundo, e seja exigente demais com as pessoas. Pode ser isso. Talvez seja porque eu não permita que os outros conheçam minha vida, meus sonhos, minhas dificuldades – acho que há um pouco de orgulho nisso.
Quem sabe seja porque eu procure a solidão, e não ela que me procure, como eu imaginava.
É... talvez precise conversar mais com as pessoas, me interessar mais por suas vidas, ouvir. Há tempo que não ouço alguém ; um desconhecido relatando os acontecimentos corriqueiros do dia-a-dia ;. Ouvir as pessoas falando das peripécias de seus filhos ou sobre assuntos profundos, como planos para o futuro, lembranças boas do passado, etc...

Outro dia ouvi uma mensagem que falava sobre isso, sobre como as pessoas se isolam, e do quanto isto é prejudicial para a saúde mental e física, já que uma é conseqüência da outra. Quem ama não se sente só, pois está sempre se doando, se envolvendo com os corações mais próximos, na intenção de ajudar. Quando nos sentimos úteis, e concluímos que muitos dependem de nossa dedicação, de nosso amor, também esquecemos da solidão.
Como alguém pode sentir-se só na presença de tanta gente ?.
E aqui está você, amigo oceano, à minha frente, ouvindo todas estas divagações. Acho que foi sua presença que me ajudou a entender melhor o que se passa no meu íntimo. Agradeço profundamente por sua companhia, por conseguir me ouvir, e por me dizer, mesmo sem falar, que o que preciso fazer é visitar mais o coração do meu próximo.
“Muito obrigado, amigo Oceano.”

Nós, e somente nós, podemos construir uma vida melhor, já que uma vida feliz não se deseja, se constrói”.

Deixe o MAR ouvir suas lamúrias e depois faça suas promessas e permita que o Oceano seja o testemunho de sua evolução.

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