quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Super Interessante !!


Alzheimer-Interessantíssimo

A cada 1 minuto de tristeza perdemos a oportunidade de sermos felizes por 60
segundos.

Sobre o Alzheimer
Roberto Goldkorn é psicólogo e escritor

Meu pai está com Alzheimer. Logo ele, que durante toda vida se dizia 'o
Infalível'. Logo ele, que um dia, ao tentar me ensinar matemática, disse que
as minhas orelhas eram tão grandes que batiam no teto. Logo ele que repetiu,
ao longo desses 54 anos de convivência, o
nome do músculo do pescoço que aprendeu quando tinha treze anos e que nunca
mais esqueceu: esternocleidomastóideo.

O diagnóstico médico ainda não é conclusivo, mas, para mim, basta saber que
ele esquece o meu nome, mal anda, toma líquidos de canudinho, não consegue
terminar uma frase, nem controla mais suas funções fisiológicas, e tem os
famosos delírios paranóicos comuns nas demências tipo Alzheimer.

Aliás, fico até mais tranqüilo diante do 'eu não sei ao
certo' dos médicos; prefiro isso ao 'estou absolutamente certo de que....',
frase que me dá arrepios.

E o que fazer... para evitarmos essas drogas?

Como?

Lendo muito, escrevendo, buscando a clareza das idéias, criando novos
circuitos neurais que venham a substituir os afetados pela idade e pela vida
'bandida'.

Meu conselho: é para vocês não serem infalíveis como o meu pobre pai; não
cheguem ao topo, nunca, pois dali só há um caminho: descer. Inventem novos
desafios, façam palavras cruzadas, forcem a memória, não só com drogas (não
nego a sua eficácia, principalmente as nootrópicas), mas correndo atrás dos
vazios e lapsos.

Eu não sossego enquanto não lembro do nome de algum velho conhecido, ou de
uma localidade onde estive há trinta anos.. Leiam e se empenhem em entender
o que está escrito, e aprendam outra língua, mesmo aos sessenta anos.

Coloquem a palavra FELICIDADE no topo da sua lista de prioridades: 7 de cada
10 doentes nunca ligaram para essas 'bobagens' e viveram vidas medíocres e
infelizes - muitos nem mesmo tinham consciência disso.

Mantenha-se interessado no mundo, nas pessoas, no futuro. Invente novas
receitas, experimente (não gosta de ir para a cozinha?
Hum... Preocupante). Lute, lute sempre, por uma causa, por um ideal, pela
felicidade. Parodiando Maiakovski, que disse 'melhor morrer de vodca do que
de tédio', eu digo: melhor morrer lutando o bom combate do que ter a
personalidade roubada pelo Alzheimer.

Dicas para escapar do Alzheimer:

Uma descoberta dentro da Neurociência vem revelar que o cérebro mantém a
capacidade extraordinária de crescer e mudar o padrão de suas conexões.

Os autores desta descoberta, Lawrence Katz e Manning Rubin (2000), revelam
que NEURÓBICA, a 'aeróbica dos neurônios', é uma nova forma de exercício
cerebral projetada para manter o cérebro ágil e saudável, criando novos e
diferentes padrões de atividades dos
neurônios em seu cérebro. Cerca de 80% do nosso dia-a-dia é ocupado por
rotinas que, apesar de terem a vantagem de reduzir o esforço intelectual,
escondem um efeito perverso; limitam o cérebro.

Para contrariar essa tendência, é necessário praticar
exercícios 'cerebrais' que fazem as pessoas pensarem somente no que estão
fazendo, concentrando-se na tarefa. O desafio da NEURÓBICA é fazer tudo
aquilo que contraria as rotinas, obrigando o cérebro a um trabalho
adicional. Tente fazer um teste:

- use o relógio de pulso no braço direito;
- escove os dentes com a mão contrária da de costume;
- ande pela casa de trás para frente; (vi na China o pessoal treinando isso
num parque);
- vista-se de olhos fechados;
- estimule o paladar, coma coisas diferentes;
- veja fotos de cabeça para baixo;
- veja as horas num espelho;
- faça um novo caminho para ir ao trabalho.
A proposta é mudar o comportamento rotineiro!
Tente, faça alguma coisa diferente com seu outro lado e estimule o seu
cérebro. Vale a pena tentar!
Que tal começar a praticar agora, trocando o mouse de lado?

'Critique menos, trabalhe mais. E, não se esqueça nunca de agradecer!'
Sucesso para você!!!

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