sexta-feira, 29 de abril de 2011

Prá vocês !



Eu nunca trocaria meus amigos surpreendentes, minha vida maravilhosa, minha amada família por menos cabelos brancos ou uma pele mais lisa. Enquanto fui envelhecendo, tornei-me mais amável para mim, e menos crítica de mim mesmo. Eu me tornei minha própria amiga .. Eu não me censuro por comer biscoitos extra, ou por não fazer a minha cama, ou ir para a compra de algo bobo que eu não precisava, como uma escultura de cimento, mas que parece tão “avant garde” no meu pátio. Eu tenho direito de ser desarrumada, de ser extravagante.
Vi muitos amigos queridos deixarem este mundo cedo demais, antes de compreenderem a grande liberdade que vem com o envelhecimento.
Quem vai me censurar se resolvo ficar lendo ou jogando no computador até as quatro horas e dormir até meio-dia? Eu Dançarei ao som daqueles sucessos maravilhosos dos anos 60 &70, e se eu, ao mesmo tempo, tiver desejo de chorar por um amor perdido ... Eu vou..
Vou andar na praia em um maiô excessivamente esticado sobre um corpo decadente, e mergulhar nas ondas com abandono, se eu quiser, apesar dos olhares penalizados dos outros no jet set.
Eles, também, vão envelhecer.
Eu sei que eu sou às vezes esquecida. Mas há mais coisas na vida que devem ser esquecidas. Eu me recordo das coisas importantes.
Claro, ao longo dos anos meu coração foi quebrado. Como não pode quebrar seu coração quando você perde um ente querido, ou quando uma criança sofre, ou mesmo quando algum amado animal de estimação é atropelado por um carro? Mas corações partidos são os que nos dão força, compreensão e compaixão. Um coração que nunca sofreu é imaculado e estéril e nunca conhecerá a alegria de ser imperfeito.

Eu sou tão abençoada por ter vivido o suficiente para ter meus cabelos grisalhos, e ter os risos da juventude gravados para sempre nos sulcos profundos de meu rosto.
Muitos nunca riram, muitos morreram antes de seus cabelos virarem prata.
Conforme você envelhece, é mais fácil ser positivo. Você se preocupa menos com o que os outros pensam. Eu não me questiono mais.
Eu ganhei o direito de estar errada.
O Tempo ? Ele me libertou. Eu gosto da pessoa que me tornei. Eu não vou viver para sempre, mas enquanto eu ainda estou aqui, eu não vou perder tempo lamentando o que poderia ter sido, ou me preocupar com o que será. E eu vou comer sobremesa todos os dias (se me apetecer).
(Desconheço a autoria, recebi por e.mail por minha querida amiga Cecilia do RN)

2 comentários:

  1. Marisa
    Me identifico com o texto.
    Frequentei um grupo onde uma das lições da semana era sair de casa com alguma coisa bem estranha no vestuário.
    Algumas pessoas foram pra rua com meias diferentes e cada pé, outras com sapatos diferentes. Houve uma que colocou uma folha em formato de borboleta na cabeça.
    O choque das pessoas na rua era visível.
    Qual a maior lição? Sair ridiculamente à rua. Os outros, que importa os julgamentos deles?
    A vida e é nossa e temos que vivê-la o mais leve possível.
    Beijinhos

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  2. Mariza, tem chuva de selinhos pra você lá no meu blog. Está em SELOS. Um bjo.

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Obrigada, fico feliz em ver você por aqui.