quarta-feira, 6 de março de 2013

CARTA DE ABRAHAM LINCOLN PARA O PROFESSOR DE SEU FILHO.


"Caro professor, ele terá de aprender que nem todos os homens são justos, nem todos são verdadeiros, mas por favor diga-lhe que, para cada vilão há um herói, para cada egoísta, há um líder dedicado.

Ensine-o, por favor, que para cada inimigo haverá também um amigo, ensine-o que mais vale uma moeda ganha que uma moeda encontrada.

Ensine-o a perder, mas também a saber gozar da vitória, afaste-o da inveja e dê-lhe a conhecer a alegria profunda do sorriso silencioso.

Faça-o maravilhar-se com os livros, mas deixe-o também perder-se com os pássaros no céu, as flores no campo, os montes e os vales.

Nas brincadeiras com os amigos, explique-lhe que a derrota honrosa vale mais que a vitória vergonhosa, ensine-o a acreditar em si, mesmo se sozinho contra todos.

Ensine-o a ser gentil com os gentis e duro com os duros, ensine-o a nunca entrar no comboio simplesmente porque os outros também entraram.

Ensine-o a ouvir todos, mas, na hora da verdade, a decidir sozinho. Ensine-o a rir quando estiver triste e explique-lhe que por vezes os homens também choram.

Ensine-o a ignorar as multidões que reclamam sangue e a lutar só contra todos, se ele achar que tem razão.

Trate-o bem, mas não o mime, pois só o teste do fogo faz o verdadeiro aço. Deixe-o ter a coragem de ser impaciente e a paciência de ser corajoso.

Transmita-lhe uma fé sublime no Criador e fé também em si, pois só assim poderá ter fé nos homens.

Eu sei que estou a pedir muito, mas veja o que pode fazer, caro professor.“

segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Para sonhar um ano novo que mereça este nome, você, meu caro, tem de merecê-lo, tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil, mas tente, experimente, consciente. É dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre. 

♦Carlos Drummond de Andrade♦

terça-feira, 24 de julho de 2012

Olhares Indiferentes !!!!


O abandono de animais, principalmente filhotes, é uma prática deplorável e recorrente em todos os lugares. Do centro à periferia cães de todas as idades e acometidos de doenças as mais diversas, desfilam seu abandono e suas mazelas ante os olhares indiferentes da população.

Tal atitude humana, criminosa e irresponsável quanto ao abandono e omissiva quanto ao sofrimento, mostra o grau de involução de nossa espécie. Em vez de evoluirmos, adotarmos novos parâmetros quanto à maneira como interagimos com os demais seres, seguimos embotados pelo egoísmo inconsequente.

É deprimente que abrigos de animais continuem abarrotados. Mesmo cuidados e alimentados por abnegados, milhares de animais seguem sua sina de prisioneiros eternos, despojados do que lhes mais lhes é primordial: o carinho de um tutor. Com um pouco de boa vontade muitos desses animais poderiam experimentar a alegria de conviver num lar que lhes proporcionasse vida digna, amor e liberdade.

O sofrimento alheio há muito não nos comove e a compaixão é um conceito em desuso, soando até piegas para alguns. O pragmatismo existencial é a marca registrada da maioria e prevalece o cada um por si. Num mundo capitalista, no qual o individualismo e o acúmulo são marcas registradas, ai daqueles que não tem como prover suas necessidades.

Mas a frieza ante as mazelas dos demais seres humanos e animais não é privilégio de descrentes. Boa parte da massa de fiéis que acode diariamente às missas e cultos tão logo deixa templos e igrejas fecha-se em seu individualismo exacerbado, em sua fé cega, que não enxerga o pedinte esfaimado ou o cão sarnento que apodrece nas ruas, sem água, sem comida e sem esperança de cura.

Que crença é essa que não os impele para a caridade e a compaixão? Em que canto obscuro de suas mentes e almas jazem a piedade, a solidariedade e a doação?

Cedo ou tarde cada um de nós poderá encarar angustias e dramas. Então deveríamos ter em mente que precisamos uns dos outros. E se não somos autossuficientes para encarar nossos dilemas nada mais justo que estendamos as mãos para o próximo, sejam de que espécie for.

É intuitivo que existem exceções. Há aqueles que professando ou não algum credo exercitam a caridade de diversas formas. Mas o contingente dos que socorrem, compreendem e acolhem os desafortunados é exíguo diante do contingente de desassistidos.

Distantes de alcançar de alguma forma a iluminação, a humanidade segue em existência robótica, indiferente aos que clamam por respeito e solidariedade.

Servilio Vieira Branco
OAB/SP 119.218

E-mail: brancolex@hotmail.com

sábado, 14 de julho de 2012

 
A palavra coragem é muito interessante. Ela vem da raiz latina cor, que significa "coração". Portanto, ser corajoso significa viver com o coração. E os fracos, somente os fracos, vivem com a cabeça; receosos, eles criam em torno deles uma segurança baseada na lógica. Com medo, fecham todas as janelas e portas – com teologia, conceitos, palavras, teorias – e do lado de dentro dessas portas e janelas, eles se escondem.

O caminho do coração é o caminho da coragem. É viver na insegurança, é viver no amor e confiar, é enfrentar o desconhecido. É deixar o passado para trás e deixar o futuro ser. Coragem é seguir trilhas perigosas. A vida é perigosa. E só os covardes podem evitar o perigo – mas aí já estão mortos. A pessoa que está viva, realmente viva, sempre enfrentará o desconhecido. O perigo está presente, mas ela assumirá o risco. O coração está sempre pronto para enfrentar riscos; o coração é um jogador. A cabeça é um homem de negócios. Ela sempre calcula – ela é astuta. O coração nunca calcula nada.

O Amor não deveria ser exigente,
senão, ele perde as asas e não pode voar;
torna-se enraizado na terra e fica muito mundano.
Então ele é sensualidade e traz grande infelicidade e sofrimento.
O amor não deveria ser condicional, nada se deveria esperar dele.
ele deveria estar presente, por estar presente, e não por alguma recompensa, e não por algum resultado.
Se houver algum motivo nele, novamente seu amor não poderá se tornar o céu. Ele está confinado ao motivo;o motivo se torna sua definição, sua froteira.
Um amor não motivado não tem fronteiras:
É a fragância do coração.
OSHO

segunda-feira, 9 de julho de 2012

A Vida é Luz e União



Na estrada da vida, uns seguem apoiados nas suas crenças e outros nas crenças de seus semelhantes.

Uns falam de seus ideais politicos e arrastam multidões, outros apoiam-se em doutrinas e instalam-se como deuses das suas próprias Religiões.

Uns falam de Democracia, outros de Capitalismo, outros de Comunismo, e dividem os povos em nome de suas convicções.

Os mais crentes noutras coisas falam das Escrituras e assim uns apoiam-se na Bíblia, outros no Alcorão, outros no Talmude, outros na Torat, outros nos Vedas, etc., e milhões de seres humanos dispersam-se por inúmeros caminhos buscando a Luz ou as 'trevas' ao longo de gerações...

A verdade, porém, é que chegou o tempo de entendermos que Todos Somos Um, a Humanidade é só uma, todos os Povos vivem no mesmo Mundo e se não pararmos com nossas loucuras políticas, religiosas ou outras, cedo virá o dia em que acabaremos todos sepultados nos escombros de nossos erros, dos ódios, do egoismo, do fanatismo, da obstinação, enquanto há um Deus que nos ensina a sermos perfeitos e a entendermos que a Vida é Luz e União...

Na verdade deveriamos todos sermos como as cores do Arco Iris que apesar de serem todas diferentes umas das outras, elas refletem a mesma luz do Sol que lhes dá o tom e a beleza que se apresenta aos nossos olhos.

Os homens escolhem caminhos de divisão (politica, religiosa, étnica, ou outra) mas os Anjos de Deus mostram o caminho da vida inspirando poetas, escritores, mestres, e professores, para a Nova Cultura da Paz, do Amor e da Compreensão.

Fica aqui este meu pensamento, Ponto final.

Pausa para reflexão!

Rui Palmela

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Dna. Maria Jiló

 
Dona "Maria Jiló" é uma senhora de 92 anos, miúda, e
tão elegante, que todo dia às 08 da manhã ela já está
toda vestida, bem penteada e discretamente maquiada,
apesar de sua pouca visão.

E hoje ela se mudou para uma casa de repouso: o marido,
com quem ela viveu 70 anos, morreu recentemente, e não
havia outra solução.

Depois de esperar pacientemente por duas horas na sala de
visitas, ela ainda deu um lindo sorriso quando a atendente
veio dizer que seu quarto estava pronto. Enquanto ela manobrava o andador em direção ao elevador, dei uma descrição do seu minúsculo quartinho, inclusive das cortinas floridas que enfeitavam a janela.

Ela me interrompeu com o entusiasmo de uma garotinha que acabou de ganhar um filhote de cachorrinho.

- Ah, eu adoro essas cortinas...
- Dona "Maria Jiló", a senhora ainda nem viu seu quarto... Espera um pouco...
- Isto não tem nada a ver, ela respondeu, felicidade é algo que você decide por princípio. Se eu vou gostar ou não do meu quarto, não depende de como a mobília vai estar arrumada... Vai depender de como eu preparo minha expectativa.

E eu já decidi que vou adorar. É uma decisão que tomo todo dia quando acordo.

Sabe, eu posso passar o dia inteiro na cama, contando as dificuldades que tenho em certas partes do meu corpo que não funcionam bem..
Ou posso levantar da cama agradecendo pelas outras partes que ainda me obedecem.

- Simples assim?
- Nem tanto; isto é para quem tem autocontrole e todos podem aprender, e exigiu de mim um certo 'treino' pelos anos afora, mas é bom saber que ainda posso dirigir meus pensamentos e escolher, em consequência, os sentimentos.

Calmamente ela continuou:

- Cada dia é um presente, e enquanto meus olhos se abrirem, vou focalizar o novo dia, mas também as lembranças alegres que eu guardei para esta época da vida. A velhice é como uma conta bancária: você só retira aquilo que guardou. Então, meu conselho para você é depositar um monte de alegrias e felicidade na sua Conta de Lembranças. E, aliás, obrigada por este seu depósito no meu Banco de lembranças. Como você vê, eu ainda continuo depositando e acredito que, por mais complexa que seja a vida, sábio é quem a simplifica.