terça-feira, 8 de junho de 2010

O Louco


Perguntais-me como me tornei louco. Aconteceu assim: Um dia, muito tempo antes de muitos

deuses terem nascido, despertei de um sono profundo e notei que todas as minhas máscaras

tinham sido roubadas – as sete máscaras que eu havia confeccionado e usado em sete vidas – e

corri sem máscara pelas ruas cheias de gente gritando: “Ladrões, ladrões, malditos ladrões!

Homens e mulheres riram de mim e alguns correram para casa, com medo de mim. E quando

cheguei à praça do mercado, um garoto trepado no telhado de uma casa gritou: “É um louco!”

Olhei para cima, para vê-lo. O sol beijou pela primeira vez minha face nua. Pela primeira vez, o

sol beijava minha face nua, e minha alma inflamou-se de amor pelo sol, e não desejei mais minhas

máscaras. E, como num transe, gritei: “Benditos, benditos os ladrões que roubaram minhas

máscaras! Assim me tornei louco.E encontrei tanto liberdade como segurança em minha loucura:

a liberdade da solidão e a segurança de não ser compreendido, pois aquele que nos compreende

escraviza alguma coisa em nós.family:

"Gibran Kalil Gibran"

2 comentários:

  1. Amiga,adoro Kamil, mas, hoje vim lhe fazer um convite..rsrs
    Amiga Mariza
    Vim aqui lhe convidar
    O Arraial tá pronto
    Só falta você chegar.

    Para isso é necessário
    O endereço abaixo acessar
    http://emilinhadabahia.blogspot.com/
    Com toda a minha alegria
    Estarei a lhe esperar.

    Tem pamonha, milho verde
    Quadrilha pra quem quiser
    Muita música...pau-de-sebo
    Apareça..venha ver...

    Um abraço da Emilinha

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  2. Amiga, desculpa o erro...."Adoro Kalil Gibran..
    Vi que vc já esteve no meu "Arraiá"....Obrigada querida!!!
    Emilinha

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Obrigada, fico feliz em ver você por aqui.